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Existe vida depois do dor.

Eu acho que o amor me chamou, pra ser amada e, eu não tô sabendo lidar com tamanha graça.

Logo eu, que tinha nas mãos, a receita perfeita para que os outros amassem suas vidas. E ai eu me pergunto: será que somos corajosos o suficiente, para enxergar a vida nos amando?
Talvez essa minha fala seja um pouco "mal agradecida" afinal, tô sendo amada...
Mas o que é o amor, se não o almejado? O que é o amor, se não o que nós queremos que seja?

Estou aqui na praça de alimentação de um shopping, me preparando para escrever. Nunca mais tinha reservado em segredo, um tempo só pra mim. Pra sair comigo, apreciar minha companhia e continuar percebendo o quanto eu sou importante para mim. Falar de mim hoje em dia, é falar de amor leve, espiritual, acolhedor... Porém, por muito tempo, eu pensava mais na incerteza da vida, do que nas verdades da realidade. Eu achava que:

Era sobre estar preparada sem preparo. 
Sorrir sem saber o porquê.
Viver os motivos de clemência. 
Suspeitar a própria benção.
Visitar os desvios de caráter. 
Subdividir a divisão de afeto. 
Enxergar cor onde não tinha efeito. 
Questionar o inexplicável. 
Pela descrença do alcançado. 
Pela inocência do alcançável. 

Mas de repente, tudo começa a fazer sentindo impiedosamente, pois, os dois pesos são duas medidas, o pau que dá em Chico dá em Francisco. E da mesma forma que momentos desafiadores chegam e devastam tudo, os momentos de paz, tambem chegam assim, curando tudo com amor e quase sempre, não estamos preparados para o bem maior em nossas vidas. A gente desacostumou a receber graças. 
 Assusta! 
Mas, como nos momentos ruins, a gente tambem precisa encarar de frente e com o sorriso no rosto. Que louco tudo isso, né? E partir disso, eu paradoxalmente, me contradigo e admiro minha coragem em perceber que: 

Talvez estejamos preparados. 
Sorrimos sabendo o porquê. 
Enxergamos vida no que foi clamado. 
Agradecemos as próprias bênçãos. 
Fortalecemos o bom caráter. 
Multiplicamos os afetos. 
E mesmo sem efeito, colorimos o amor. 
Vivendo o inexplicável. 
Crendo no alcançado. 
Almejando o alcançável.

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