E Joanna Famille disse: Eu tô até sem jeito pra começar esse texto, porque pode até parecer, mais uma vez, que eu sou dramática, ou já crescidinha demais pra chamar atenção, mas eu vou falar, pois, chega um momento que a gente cansa e eu quero deixar registrado nessa data, o que estou sentindo.
Eu tenho uma amiga que foi para um chá de fralda de uma das irmãs dela e nesse mesmo encontro, o pai dela quis reunir todos os filhos para não perder momentos importantes, afinal ele estava doente. Ela é filha fora do casamento, portanto, ela era meia irmã daqueles irmãos. Lembro que nessa época ela reclamava da convivência com a mãe. A mãe também estava doente só que psicologicamente. Tinha crises de ansiedade, sempre na defensiva, agressiva... As vezes falava coisas que magoavam profundamente e por consequência, ela, Joanna, também adoeceu. Ela foi pra esse chá de fralda, mesmo com todos os percalços, com toda sua aflição e claro com medo de ser julgada por tudo que fazia e falava, ela chamou seus irmãos mais velhos para pedir ajuda, conselho, pois não enxergava mais nenhuma saída... Eles acolheram ela, foram para um lugar reservado, escutaram, enfim, foram receptivos e cuidadosos. Ao voltarem para o local do chá de fraldas, o pai dela perguntou onde eles estavam, que ela tinha tomado o tempo inteiro da festa pra uma conversa. Ele queria ficar reunido com os filhos dele.
Nesse dia, ela foi vista por quase todos como uma pessoa que estava na rota errada, pois, o pai dela estava doente e ela além de ser a filha afastada, era a filha que estava esquecendo do próprio pai. Mas o que ninguém sabia, é que ela tinha que lidar com uma mãe que também estava doente e que só tinha ela de filha. Outras coisas aconteceram e que não vêm ao caso.
De repente, o pai dela deu uma camisa do vitória para cada neto, minha amiga me disse que o choro veio na garganta, pois, o pai dela nunca deu sequer a presença, quem dirá um presente. Ela disse que via aquele cenário onde ela se sentiu muito excluída. Não porque ela queria também ser o centro das atenções, mas por ela nunca ter sido algo pra ele, pra eles. Ao sair da festa, o pai dela disse: Você está indo na rota errada e um dos irmãos olhou pra ela e fez uma expressão de "não responda". Ela não respondeu e seguiu...
Depois de alguns meses, ela me disse que passou o natal sozinha e que nas redes sociais a família se reuniu com ele, todos com a camisa do vitória e sem ela, ela foi desconvidada das reuniões familiares. Ou seja, a quem ela teve a humildade de pedir ajuda - a família - num momento de precisão, tudo voltou-se contra ela.
Aconselhei ela a pedir ao Esporte Clube Vitória pagar a terapia dela, pois já não basta estar na zona de rebaixamento, ainda ser humilhada dessa forma. O rubro negro sofre com esse time, viu?
Mais uma vez, Joanna passando por processos árduos
Siga em frente Joana, existem muitas pessoas que queira te dar todas as camisas do Vitória, mesmo ele sendo vice. Isso não é sobre futebol, é sobre afeto.
ResponderExcluirTalvez esse pai não sabe lidar com filhos que traçam suas próprias rotas.
Joana é um ser livre ela aprendeu que é grande demais para caber em lugares pequenos e vazios!