Ser desejada, desejar e ainda continuar sendo, continuar vendo e sobrevivendo. Mesmo gemendo, de prazer ou de dor, mesmo querendo, mesmo se querendo, e si tendo e me tendo, ou metendo. Não importa se o sorriso é forçado, forjado, amordaçado, sufocado, ou sufocado. Pernas e curvas, pega na curva, a taça que cai sem querer no seu olho é a mesma que recebe o vinho que te embebeda, que enlouquece, que faz chorar de rir e ri de tanto chorar, de tanto sangrar. Uma roupa rasgar com um beijo no pescoço é mais gostoso do que rasgar a roupa impedindo que eu respire. Me doar, te doar, si dar, te dar, e o que me resta ? Chegar num orgasmo incrível ou colocar aquela calcinha de ursos rosas que esta descosturando ?! Ou não dar, por que também não pode. Oi?! Não pode? Poder é uma coisa que eu posso e mesmo que me calem eu vou silenciar querendo, mesmo se com uma faca no pescoço ou com um beijo bem gostoso.
Me peguei pensando nisso nos últimos dias. Em vários momentos o silêncio gritou meu nome e deixei o meu ego - ou minha mania de saber tudo - passar na frente. Ele alerta, conversa, até que ele grita com a gente e ainda assim, nós ignoramos. Se pararmos pra analisar nosso cotidiano, você se pega pensando: - poxa, acho que falei demais, acho que falei o que não deveria ou acho que magoei aquela pessoa... Eu penso que o silêncio é ancestral, que silêncio é magia boa, silêncio é a certeza inexplicável. E silenciar é muito difícil, porque a gente quer falar, a gente quer ser ouvido, mas não queremos escutar e pra escutar é preciso ceder, por vezes, até mudar de opinião e perceber que nada é estático. Tudo se transforma a todo momento e isso é inevitável. Bater de frente com o movimento silencioso da vida, é burrice. Estamos de acordo que, não sabemos tudo, que não temos a resposta pra tudo, que os caminhos e atalhos mudam num piscar de olhos. E pra perceber esse d...
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