RESPEITO
Tava pensando sobre as relações entre pessoas e sempre abre 300 abas na minha mente. É sempre um desafio falar sobre convivência, mas eu sempre teimo em abrir essa boca e compartilhar todos os meus questionamentos.
Vamos conversar?
Será que nós sabemos o que é respeito? Será que realmente aceitamos ser respeitados?
Mas não falo no sentido de uma pessoa não te respeitar. A questão que eu trago aqui é como recebemos o respeito.
Nana, você tá ficando maluca. Que pergunta maluca é essa?
É meus caros, não é maluquice, não.
A nossa educação, o sistema e a sociedade nos mostra somente a parte ruim que é o desrespeito. A parte que não somos respeitados, que somos tratados de forma que machuca, fala também de que “ Se a pessoa não se respeita, ela também não vai te respeitar” Enfim, tantas camadas negativas, que hoje, depois de algumas experiências, percebi que não fui inserida na parte boa do respeito. Não fomos inseridos, né?
Perguntando a algumas pessoas como eles aprenderam sobre respeito, a resposta foi unânime: “Aprendemos sobre respeitar, sendo desrespeitados e não sabemos como receber respeito” e isso é muito louco, pois, a gente sabe identificar imediatamente quando somos desrespeitados, mas quando somos respeitados, raramente sabemos que aquilo é respeito, nem cogitamos pensar se é algo bom ou ruim, nós só agradecemos, ou nem falamos nada e indo mais longe ainda, conseguimos entender inclusive a atitude como desrespeito.
A que ponto chegamos e nem percebemos,né?
Tenho certeza que quando criança, vocês já ouviram assim : “Se alguém te bater, bata de volta” e quase nunca “Se alguém te abraçar, abrace de volta.”
Somos induzidos sempre a se defender, com a ideia que sempre seremos atacados.
Isso é preocupante, pois percebemos que o sistema nos educa de uma forma que sintamos medo o tempo todo e isso é gravíssimo.
Vou trazer um exemplo, que talvez vocês consigam entender.
Vamos dizer que somos amigos e você sofreu um acidente de moto, eu me preocupei com você, procurei saber como você está se sentindo e até aconselhei você a evitar andar de moto por um tempo, pra poder se recuperar com mais segurança. Mas você imediatamente me responde: Eu amo andar de moto, não vou parar!
No mesmo momento respeitei e respondi: Tudo bem, se cuide!
Só que você inconformada com minha resposta, me questiona por que não briguei mais com você para que eu pudesse impedir que você não andasse de moto novamente e minha resposta foi: como posso te impedir de fazer algo que você gosta? Por mais que te ame, cuide de você e demonstre afeto, não posso ficar insistindo que você não faça algo.
Imediatamente você me fala que algo que é mais difícil é mais prazeroso, damos mais valor.
E eu finalizo a conversa um pouco mais direta nas minhas palavras e respondo que somos todos adultos e sabemos o que é o melhor pra nós. Não tenho tempo de ficar insistindo em algo que a resposta foi extremamente clara.
Pode parecer frieza? Sim.
Mas quem foi que nos ensinou que atravessar o desejo do outro é prova de amor, carinho ou afeto? Em que momento a receber afeto respeitador, sem birras ou chantagens emocionais é frieza?
Cara, isso tudo é fora do normal na minha cabeça.
Quando vamos cair na real, que o nosso redor nos impulsiona à co-dependência do outro e/ou de algo.
Respeitar é sobre liberdade, sobre desapegar dessas amarras que nem percebemos que estamos presos e encurralados.
Quando, uma vez dita a nossa palavra, vai valer a pena?
Quantas provas são necessárias para que um ser humano tenha credibilidade?
É um jogo de mentiras ou você não sabe receber respeito?
Pense comigo e me diga sua opinião.
Me peguei pensando nisso nos últimos dias. Em vários momentos o silêncio gritou meu nome e deixei o meu ego - ou minha mania de saber tudo - passar na frente. Ele alerta, conversa, até que ele grita com a gente e ainda assim, nós ignoramos. Se pararmos pra analisar nosso cotidiano, você se pega pensando: - poxa, acho que falei demais, acho que falei o que não deveria ou acho que magoei aquela pessoa... Eu penso que o silêncio é ancestral, que silêncio é magia boa, silêncio é a certeza inexplicável. E silenciar é muito difícil, porque a gente quer falar, a gente quer ser ouvido, mas não queremos escutar e pra escutar é preciso ceder, por vezes, até mudar de opinião e perceber que nada é estático. Tudo se transforma a todo momento e isso é inevitável. Bater de frente com o movimento silencioso da vida, é burrice. Estamos de acordo que, não sabemos tudo, que não temos a resposta pra tudo, que os caminhos e atalhos mudam num piscar de olhos. E pra perceber esse d...
Comentários
Postar um comentário