E se eu te perguntasse que, sem perceber, você pode ter se acostumado com as relações abusivas?
Depois de finalizar meus exercícios físicos, em meio a essa pandemia, eu tive um insight que me incomodou:
Será que nós não estamos confortáveis em se manter em relações abusivas?
Será que, por mais que queiramos uma relação saudável, quando a temos, nós vamos inconscientemente, atrás daquela situações abusivas?
Vamos pensar comigo?
Se quiser conversar também, vamos !!!
Vamos lá!
Se pararmos pra pensar em relações, partindo de uma visão espiritual, viemos nessa encarnação para atrair o que precisamos aprender. Tenso, né?
Como pode, no nosso caminho, ter dores para aprendermos. Mas se bem que, é na dor que aprendemos muitas coisas. E quando eu digo que nós atraímos, eu me refiro à infância também. Pois, quando temos uma criação baseada em faltas e excessos, isso nos educa emocionalmente, né verdade ? E partindo desse princípio, quando nos relacionamos com qualquer pessoa, inconscientemente, nós buscamos pessoas que nos favorecem, nos enaltecem, e quando acontecem as diferenças, se não tivermos maturidade e discernimento, a relação acaba, ou se tiver uma disponibilidade de aprendizado, a relação amadurece e dura.
Agora, vamos olhar para um outro lado.
Diante da educação que tivemos e da relação que atraímos, eu questiono sobre colocarmos no outro a responsabilidade de nos dar o que sempre recebemos da nossa relação familiar. E não digo que seja proposital, às vezes até pode ser, mas na maioria das vezes, nossos estímulos enraizados, nos fazem atrair e exigir esse tipo de tratamento.
É um caminho que, na minha opinião, acaba sendo uma falta de respeito com a história do outro.
Suponho que nossa mente precisa reconhecer a liberdade e a história que o outro vivenciou. Afinal, somos e temos histórias com raízes profundas e cada um com sua individualidade, procura seu bem-estar físico e psicológico.
E pensando nesse ponto de vista, será que aquela relação abusiva que vivemos, não tem um pouco dessa expectativa ?
Será que os ciclos se repetem, por que não procuramos lugar de análise pessoal, para o que queremos e devemos aprender?
Ps:. Não estou tirando a responsabilidade do abusador.
Venho no lugar de análise pessoal, de que se tivéssemos tido uma atitude diferente, não teríamos mudado o rumo das coisas, ou quiçá nem ter atraído todo esse ciclo de dor?
Mas, oh!!!
É só um dos inúmeros lados que uma situação pode ter. Trouxe essa visão por que experienciei essa situação, tá bom?
Leiam com acolhimento, por favor.
Compartilhando a experiência:
Depois de desesperos e muitos pensamentos desordenados, eu percebi o quanto eu estava indo para o caminho contrário da felicidade pessoal.
Enquanto estava em uma pequena discussão familiar, me vi nesse lugar de atrair a energia das relações familiares e amorosas, no meu novo ciclo de relações.
Repare, se venho de um lugar em que minha forma de receber amor era a falta do toque, das palavras, da atenção carinhosa, consequentemente, irei atrair relações com essa energia. E agravando ainda mais, essa situação fará perpetuar os pensamentos como: "Preciso de carinho e atenção"
"Ninguém terá paciência ou ninguém tem a obrigação de me dá afeto, pois não mereço"
Essa visão tem uma complexidade gigante, pois queremos, diante do caso citado, carinho atenção e amor, com rapidez e eficiência. Mas o que acontece é que, não temos paciência de aprender ou lidar com o lugar de receber os sentimentos que "precisamos".
Nós estranhamos e uma bola de neve é criada.
Estranhamos tanto, a ponto de nos colocarmos no lugar de ser abusado e isso é o mais assustador, pois, quando vemos esse lugar paramos pra perceber o quanto fomos atingidos com essa raiz cíclica, uma raiz que paradoxalmente, faz sentir confortável na dor e rejeitar, sem consciência, o afeto, a atenção, o amor, entre outros.
Parecer final.
Tenho consciência que esse texto teve idas e vindas confusas, questionadoras e por alguns momentos esclarecedoras. Porém, tentando enxugar esse mundo de palavras, podemos ter consciência de que, lugares de dor, podem ser analisados com mais afeto e amor próprio consciente.
Vamos abrir a mente para o novo que tem apreço por nós, carinho por nós, orgulho de nós, que faz sorrir com leveza, que faz sentir o amor e a paz do abraço. Que faz a gente amar a nós mesmos, pelo simples fato de beijar todos os nossos defeitos e cicatrizes.
Poderia listar muitas bonanças em relações saudáveis, mas não haveriam linhas suficientes para.
Relações boas existem!
Nós merecemos.
Renove seu ciclo de amor.
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