Ultimamente, meus textos tem sido tão racionais, que me peguei falando com a janela, poesias enrustidas no meu olhar.
Não lembro de nenhuma, queria poder lembrar e dizer para vocês, mas a sensação ainda está aqui. O que me resta é trazer a mensagem de que tudo precisa e aprecia a pausa.
Aprecie a pausa. Pause. Respeite o pulsar de dentro e o estímulo de fora.
Do lado de fora a vida acontece, a buzina conversa com os nossos caos e sorrisos.
Do lado de fora é está na frente da janela, olhando uma imagem dividida entre céu, sagrado e profano.
A vida acontecendo é sagrada, é a sagração de todas as estações.
Eu seria muito ingênua em consagrar só a primavera, onde daqui dessa janela, de todas as janelas, eu vejo os segundos passarem, transformando um desespero da opressão necessária, para a esperança de sonhos realizarem.
Talvez esteja velejando na proa dessa janela, em fuga para o alto do navio ou simplesmente, para dizer que todo mundo merece ser debruçar numa janela, sentir o que está acontecendo dentro, vendo tudo acontecer do lado de fora.
Pense comigo
Me peguei pensando nisso nos últimos dias. Em vários momentos o silêncio gritou meu nome e deixei o meu ego - ou minha mania de saber tudo - passar na frente. Ele alerta, conversa, até que ele grita com a gente e ainda assim, nós ignoramos. Se pararmos pra analisar nosso cotidiano, você se pega pensando: - poxa, acho que falei demais, acho que falei o que não deveria ou acho que magoei aquela pessoa... Eu penso que o silêncio é ancestral, que silêncio é magia boa, silêncio é a certeza inexplicável. E silenciar é muito difícil, porque a gente quer falar, a gente quer ser ouvido, mas não queremos escutar e pra escutar é preciso ceder, por vezes, até mudar de opinião e perceber que nada é estático. Tudo se transforma a todo momento e isso é inevitável. Bater de frente com o movimento silencioso da vida, é burrice. Estamos de acordo que, não sabemos tudo, que não temos a resposta pra tudo, que os caminhos e atalhos mudam num piscar de olhos. E pra perceber esse d...
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