Quem cuida de quem cuida?
Quem se preocupa com quem se preocupa?
Quem ouve sem julgamentos, quem ouve o outro sem julgamentos?
Esse assunto é muito polêmico, porque em todos os sentidos, quem cuida, quando questiona sobre esse assunto, TODOS ou quase todos, alegam que é vitimismo, é drama... Vamos falar sobre isso?
Primeiro de tudo, eu não sou a favor de não cuidar do outro, por que o outro não cuida de volta. São capacidades diferentes e normalmente quem ajuda o outro, não tem medição de esforços, mas de contrapartida e contradizendo, chega um momento que quem cuida está tão exausto, que não tem força pra seguir, só pra descansar.
Tá, Nana, mas se não incomoda ajudar, porque quem cuida, pergunta quem vai cuidar?
Vou dá um exemplo bem ácido.
Tem muita gente que não consegue, por algum motivo, assumir seus sentimentos, emoções, vontades... E por causa disso, quando a consciência pesa, por não saber lidar com as emoções, corre EXATAMENTE para quem eles criticam por serem sensíveis. E aí o que acontece? Melhora, por que a sensibilidade acolhe e instantaneamente o vazio da inconsciência é preenchido.
E aí, como todos sabemos, cada ser humano tem seus problemas e para as pessoas sensíveis, as sensações tem ampla percepção. Então, a primeira ação é pedir conselho ou ajuda e o que elas encontram? Indisponibilidade!
Primeiro por que, como disse antes, são capacidades sensitivas discrepantes.
Segundo, o primeiro conselho é: pare de chorar, não demonstre fraqueza. (Sendo que essas mesmas pessoas se desesperam, ao primeiro sinal de choro) Quem é fraco, mesmo? 🤣
Portanto, quando a frase "Quem cuida de quem cuida?" surge, com certeza vem de uma pessoa, que na maioria das vezes é mulher, sobrecarregada, que cuida de filho, marido, da casa, da sua carreira, dos amigos, e infelizmente quando tá exausta, não pode chorar, porque a merd4 da sociedade diz a ela que "não pode demonstrar fraqueza"
Ou seja, perguntamos quem cuida de quem cuida, porque realmente não existe.
Pessoas que negam seus sentimentos e sensibilidade, não tem capacidade de acolher pessoas sensíveis em seus momentos tristes.
Me peguei pensando nisso nos últimos dias. Em vários momentos o silêncio gritou meu nome e deixei o meu ego - ou minha mania de saber tudo - passar na frente. Ele alerta, conversa, até que ele grita com a gente e ainda assim, nós ignoramos. Se pararmos pra analisar nosso cotidiano, você se pega pensando: - poxa, acho que falei demais, acho que falei o que não deveria ou acho que magoei aquela pessoa... Eu penso que o silêncio é ancestral, que silêncio é magia boa, silêncio é a certeza inexplicável. E silenciar é muito difícil, porque a gente quer falar, a gente quer ser ouvido, mas não queremos escutar e pra escutar é preciso ceder, por vezes, até mudar de opinião e perceber que nada é estático. Tudo se transforma a todo momento e isso é inevitável. Bater de frente com o movimento silencioso da vida, é burrice. Estamos de acordo que, não sabemos tudo, que não temos a resposta pra tudo, que os caminhos e atalhos mudam num piscar de olhos. E pra perceber esse d...
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