"Aquele que conhece apenas uma religião não conhece nenhuma." (Max Miller)
Tem muito tempo que me pediram esse tema e eu não vou mentir que fiquei com receio de fala, mas por um momento eu pensei que não poderia ter medo da minha liberdade religiosa, e aí comecei a escrever.
Todos nós temos hoje em dia, a liberdade de escolher entre seguir algum padrão imposto pela história ou simplesmente viver sua própria vontade de conexão ao sagrado.
Muita gente me perguntava minha religião, quando não dizia que era candomblecista, comecei a falar sobre isso há pouco tempo e a partir disso, eu percebi muita coisa acontecendo.
Vamos pensar comigo?
Desde sempre fomos obrigados a ter uma religião, a crer em um Deus único e bíblico, porém, muito dessa imposição (sim, imposição quase opressão) vinha de poderes do clero, que por sua vez tomava conta da política da sociedade. "Um Deus único" que mandava.
Quando ouço a frase: "na Bíblia diz" eu sinto o incômodo gigante. Não digo que os livros da Bíblia seja um erro, tem ensinamentos incríveis, porém não acho justo, por exemplo, não colocar a vivência de Maria Madalena e hostilizar a mesma. Não acho justo um livro dizer como eu devo sentir ou falar com Deus.
Eu honro meu corpo, eu honro meu sentimento, eu glorifico algo tão grandioso, que não existem palavras para dizer, a não ser sentir.
Eu quero ter a liberdade de me comunicar com quem me protege, sem regras ou palavras premeditadas. E se eu quiser usar essas palavras premeditadas, que seja porque eu quero, não porque meus pais me batizaram no catolicismo e eu tenha que seguir.
A minha conexão com meu sagrado só condiz a mim. Se eu rezo Pai nosso, se eu falo Jeová, se eu saúdo Buda ou se eu bato meu paó, sou eu e a minha escolha.
Portanto, jamais me comprometeria em falar sobre religião/ religiosidade sem falar da Liberdade da sua própria crença. Ouça seu coração, somente ele vai te dizer como seguir suas bençãos.
Eu encontrei paz e liberdade no candomblé, há 11 anos.
Pense nisso.
Me peguei pensando nisso nos últimos dias. Em vários momentos o silêncio gritou meu nome e deixei o meu ego - ou minha mania de saber tudo - passar na frente. Ele alerta, conversa, até que ele grita com a gente e ainda assim, nós ignoramos. Se pararmos pra analisar nosso cotidiano, você se pega pensando: - poxa, acho que falei demais, acho que falei o que não deveria ou acho que magoei aquela pessoa... Eu penso que o silêncio é ancestral, que silêncio é magia boa, silêncio é a certeza inexplicável. E silenciar é muito difícil, porque a gente quer falar, a gente quer ser ouvido, mas não queremos escutar e pra escutar é preciso ceder, por vezes, até mudar de opinião e perceber que nada é estático. Tudo se transforma a todo momento e isso é inevitável. Bater de frente com o movimento silencioso da vida, é burrice. Estamos de acordo que, não sabemos tudo, que não temos a resposta pra tudo, que os caminhos e atalhos mudam num piscar de olhos. E pra perceber esse d...
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